sábado, 11 de julho de 2009

jovem de 17 anos, grávida de nove meses, morreu depois de procurar atendimento em quatro hospitais.




Peregrinação trágica
Uma jovem de 17 anos, grávida de nove meses, morreu depois de procurar atendimento em quatro hospitais.



Uma jovem de 17 anos, grávida de nove meses, morreu depois de procurar atendimento em quatro hospitais. A família está traumatizada e ainda não sabe se vai registrar o caso na delegacia. Os parentes acompanharam a adolescente por maternidades de Duque de Caxias, do Centro do Rio e no Andaraí, na Zona Norte da cidade. O bebê também morreu. Joana Gomes de Almeida, de 17 anos, grávida de nove meses, começou a passar mal às 5h de domingo. A família a levou para o hospital de Xerém, onde ela não pôde ficar, porque não havia anestesista.
Transferida de ambulância para o hospital de Caxias, a estudante preferiu não ficar lá. “Estava lotado, com pacientes no chão, gente sentada no chão”, conta uma parente.
Joana seguiu para a Pró-Matre, no Centro do Rio. A maternidade afirma que a estudante chegou com cólicas, foi medicada e liberada. Já a prima, Bianca Almeida, que estava com Joana, acusa o hospital de não ter dado o atendimento necessário.
“Ela foi examinada. A médica falou que lá ela só poderia ser ficar lá se já tivesse ganho o neném. Esperamos do lado de fora. Depois ela entrou para a sala de novo e a médica disse que lá ela não ia ficar”, lembra a prima.
Com dinheiro emprestado por outros pacientes que estavam na Pró-Matre, Joana foi de táxi para o Hospital do Andaraí. Chegou às 17h. O parto foi feito à meia-noite. O bebê já havia morrido. Joana morreu em seguida.
“A paciente não tinha condições clínicas para fazer o parto. Já chegou com falta de ar, com febre, com sinais de comprometimento pulmonar. Antes de chegar ao Hospital do Andaraí, ela já teria que ter sido internada de urgência, tanto é que ela foi internada com quadro de falta de ar. Além disso, é uma paciente jovem. A gravidez na paciente jovem é sempre considerada de risco”, explica Dázio Simões, coordenador técnico do hospital.
A Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias dá uma versão diferente da apresentada pela família. Em nota, a secretaria diz que a adolescente foi atendida na maternidade de Xerém, mas não estava em trabalho de parto e que foi levada de ambulância para o Hospital Municipal Duque de Caxias, para uma melhor avaliação.
Ainda segundo a secretaria, a paciente relatava dores e desconforto. Foi feito um exame clínico. A adolescente foi orientada a voltar para casa e, se sentisse novas dores, deveria retornar ao hospital de Duque de Caxias.
Fonte: http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL133252-9097,00.html

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